quinta-feira, 25 de março de 2010

VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

Difícil conversar com alguém hoje que já não tenha ouvido falar nesta droga. As pessoas sempre conhecem alguém envolvido com a droga, ou o familiar que sofre por estar vivenciando o vício de um ente querido...
Ao mesmo tempo em que o terror e o caos se instalam e crescem, todos silenciam, o Governo silencia-se, a Justiça vivencia a ineficácia de seus meios.
Em função do crescimento acelerado do uso e tráfico desta droga as famílias vivem o medo, o sofrimento, a criminalidade, a destruição dia após dia em seus lares.
A droga transforma o mais doce ser em algo que chamo de "ZUMBI".
Pensando tanto a respeito, não consegui chegar a uma imagem mais fiel de alguém entregue ao crack do que os mais terríveis "zumbis" dos filmes de terrores.
A pessoa se contamina com apenas um leve contato e em pouco tempo ela se torna um ser morto-vivo, prestes a devorar até mesmo a pessoa mais amada.
O que mais me aterroriza, sem olhar profundamente, mas apenas superficialmente, é que realmente esta tragédia não escolhe classe social, nível cultural, ou idade. Todos estão sucetíveis a sofrerem os efeitos da droga, sejam os dependentes, sejam os familiares e amigos, seja a sociedade.
Relatório do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (Unodoc, na sigla em inglês), mostra que as apreensões de crack no país passaram de 145 kg (em 2006) para 578 kg (em 2007). Esse aumento, dizem especialistas, revela avanço dessa droga no Brasil.
Os dados ainda são poucos e desatualizados sobre o Crack. Mas, na cidade em que moro com cerca de 80.000 habitantes, cerca de 1% da população está envolvida direta (dependentes) ou indiretamente (familiares) com o crack.

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